A Importância das Técnicas Qualitativas no Estudo do Meio Antrópico no EIA/RIMA
- BM Social
- 21 de set.
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No processo de licenciamento ambiental, o Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e o Relatório de Impacto Ambiental (RIMA) devem avaliar não apenas o meio físico e biótico, mas também o meio antrópico – ou seja, o espaço social, econômico e cultural onde vivem as comunidades que serão impactadas pelo empreendimento.
Para compreender de forma mais profunda essa dimensão, é essencial utilizar técnicas qualitativas de pesquisa.
O que são técnicas qualitativas?
As técnicas qualitativas são métodos que buscam captar percepções, valores, experiências e significados que os números, sozinhos, não conseguem revelar. Elas vão além das estatísticas, permitindo entender como as comunidades vivem, pensam e se relacionam com o território.
Exemplos de técnicas aplicadas no EIA/RIMA:
Entrevistas semiestruturadas com moradores, lideranças e representantes locais;
Grupos focais para discutir coletivamente os impactos percebidos;
Observação participante, que permite ao pesquisador vivenciar práticas e rotinas comunitárias;
Oficinas participativas, envolvendo a comunidade na construção do diagnóstico socioeconômico.
Por que as técnicas qualitativas são importantes?
Ao estudar o meio antrópico, é fundamental compreender:
Como a população percebe os impactos de um novo empreendimento;
Quais são os vínculos culturais e sociais com o território;
Que expectativas, medos ou benefícios são associados ao projeto;
Como garantir que medidas de mitigação e compensação sejam realmente eficazes.
As técnicas qualitativas permitem captar essa dimensão subjetiva, oferecendo uma visão mais humanizada e participativa no processo de avaliação de impacto.
Conclusão
O uso de técnicas qualitativas no estudo do meio antrópico enriquece os Estudos Socioeconômicos do EIA/RIMA, tornando-os mais completos, justos e alinhados à realidade das comunidades. Dessa forma, o licenciamento ambiental não se restringe a dados numéricos, mas incorpora as vozes e experiências das pessoas diretamente envolvidas, fortalecendo o diálogo social e a sustentabilidade dos projetos.



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